as tormentas de Luis (www.astormentas.com)

Poema ao acaso

jueves, 23 de septiembre de 2010

Luis, no maluco, está a ouvir esto, eu nâo sei o porqué

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O maluco costuma olhar para um funcionário em particular.
Hoje, dali tirou isto:

Nenhuma relação existe entre a minha profissão e os versos que faço.
E não é esse o mal. O mal está no carácter desapaixonado, frio, mecânico do trabalho; na ausência de uma participação da inteligência e da sensibilidade na maioria das actividades profissionais; na servidão implacável do homem instalada no próprio cerne de uma civilização que se propõe, justamente, abolir a servidão.
O mal é a ausência do homem. «O deserto cresce», dizia Nietzche.
O deserto não cessa de crescer.
Numa sociedade alienada até à medula, como a nossa, só a vagabundagem tem a força e o prestígio de um destino; mas vagabundo parece que não chega a ser profissão, salvo quando se tem conta farta no banco.
Como não é o meu caso, e a poesia não dá para pagar o almoço, o jantar, e outra vez, e outra vez, até ao fim do mundo, parece não haver saída.
Enquanto se não descobrir como há-de viver o poeta sem comer, não haverá solução para estas cigarras que persistem em sonhar alegria até ao seio da morte.
A não ser que se ponha em prática o que Platão já aconselhava na República: desterrá-los, simplesmente.

«Para quê poetas em tempos de indigência?»
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Estou preocupado, con uma flor tâo pequenina.
O rumo Norte conduz de certo a congelaçâo.
Toma um outro rumo cualquer.
Eu navego nas proximidades, milha acima milha abaixo. E a meio pano, sem pescar.
Corto e cambio.
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http://o-maluco.blogspot.com/2010/09/o-maluco-anda-procura-de-uma-direccao.html

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miércoles, 8 de septiembre de 2010

viernes, 3 de septiembre de 2010

mas quem sente muito, cala













e


as fotos


falam por sí



Muito Obrigado Luis
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Fotos: janela 712 - http://1000-imagens.blogspot.com/

miércoles, 1 de septiembre de 2010

a SAciedade de consumo

Uma proba:
Esta foto nº 707 das 1000 de Luis Rodrígues

Eu sentin-me obrigado a reagir, e, con toda lealdade, disse-lhe:

Qué jeito mais irresponsavel de desperdiciar material fotográfico.
Uma vergonha deixar ahi durmindo a metade dos pixeles.
Deberías fazer cualquer coisa por acorda-los.
Quem diz isto é um amigo.
28 de Agosto de 2010 13:30

Dois días mais tarde, visitei a sua web, e achei a seguinte reposta:

Luis disse...

Dou-te razão.
Em troca dá-me um dia ou dois. Vou consertar isto, vais ver.
30 de Agosto de 2010 11:08


Este era o Luis que eu imagino. Um homem cabal.

Mas ontem, voltei passar pela sua web, e atopei o seguinte:


mau salgado disse...

E quem é ese gajo do bemsalgado para vir cá dizer cualquer coisa?

Quem é esse mer.., desculpa Luis, e que se me sobe o sangue a cabeça.

Que é o que se passa se o Luis, quer dar descanso aos pixeles que estâo a trabalhar para ele tudo o ano?

Hoje tocoulhe aos de baixo, outra vez será aos de riba, ou os da direita ou da esquerda, como e quando ele quisser.

Você é um rústico, bemsalgado, um maluco.

Isso não é desperdiciar, é tudo o contrário.

É pôr a trabalhar tão só aos que são necessários para atingir um objectivo, usando só aqueles que é preciso no sitio preciso, e dándolhe férias ao resto para os ter sempre disponíveis, descansados e contentes.

É como a música e o silenzo. Sem este só ha ruido.

O que é que você vem fazer aqui a Lisboa, da que sâo filhos Camôes, Pessoa, Ary e agóra Luis.
Você nunca devía ter saido da sua aldeia, do curuto da Pallagheira de Louro.

Voçê...

Vaiase, pegue no primeiro comboio na Estaçâo do Rossío, e nâo apareza mais por cá.
E deixe trabalhar tranquilo ao Luis.

¡Fora! ... Disse FOORAAA !!!

Já falarei depois co Luis comentarista, que tambem tenho que lhe dizer quatro coisinhas.

Amanha.
1 de Setembro de 2010 02:11

E fiquei confundido. Muito confundido.

Pode que tenha razâo, mas coido que ha outro jeito de dizer as coisas.

Que de todos jeitos sâo um pouco disparatadas umas, e outras exageradas.

Por exemplo o referido à música.

Eu nunca tenho visto que uma orquestra tenha instrumentistas do silêncio. Aí estaria eu, que nunca fui capaz de emitir o mais mínimo som com o corno francês que tâo bem tocava o meu pai, por mais que ele me repetia: cuspe, cuspe, sendo esto algo tâo simples para o que tudos nascemos preparados.
...

Num primeiro intre, dubidei de Luis, ainda que nâo tinha senso nemum, mas depois reparei num dado:
¿Como é que o tal mausalgado sabe que sâo do Curuto da Palhagheira, da Patagonia?

Luis nâo sabe.
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