as tormentas de Luis (www.astormentas.com)

Poema ao acaso


Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.


martes, 24 de agosto de 2010

carro de milho, Louro



Lugar: Lagoa da Areia Maior, co Monte LOURO ao fondo - Muros

Ano 1954

Foto: mulheres vecinhas de Louro, na volta de apanhar o milho no Ancoradoiro ou Larinho. Finais do mes de Setembro.

Autor: assinado.

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carro da casa de Manuel co que ainda sonha
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3 comentarios:

  1. Maravilhoso! Recolhendo à primavera!

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  2. Hoje depois de almoço ia a subir uma ladeira, quando reparei que ia subir em passo rápido como se tivesse pressa. Que não tinha.

    Abrandei o ritmo, e subi o resto como se passeasse. E achei graça. Estava a fazer a mesma coisa: a subir. Mas vi nitidamente que não era a mesma coisa.

    Quando vi a tua foto, foi do que me lembrei.
    Fui em 'passeio' a outro mundo de outros ritmos. E no entanto é o mesmo mundo.

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  3. Acabei agora o próximo posto do 1000 imagens, fiz batota e publiquei hoje o post de amanhã.

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