as tormentas de Luis (www.astormentas.com)

Poema ao acaso


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.Tempo de absoluta depuração.Tempo em que não se diz mais: meu amor.Porque o amor resultou inútil.E os olhos não choram.E as mãos tecem apenas o rude trabalho.E o coração está seco.Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.Ficaste sozinho, a luz apagou-se,mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.És todo certeza, já não sabes sofrer.E nada esperas de teus amigos.Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?Teus ombros suportam o mundoe êle não pesa mais que a mão de uma criança.As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifíciosprovam apenas que a vida prosseguee nem todos se libertaram ainda.Alguns, achando bárbaro o espetáculo,prefeririam os delicados morrer.Chegou um tempo em que não adianta morrer.Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.A vida apenas, sem mistificação.


viernes, 25 de junio de 2010

LUCAS, na memoria


Lucas, um homem de ferro con um braço de mais.

Se así nâo fosse, pescar-ía os polvos cos dentes, e facerse-ía peixe coma os demais moradores do mar da praia de Louro, o seu fogar, o seu sustento, os seus amigos, e os seus sonhos.

Foto: praia de Louro, 1976

3 comentarios:

  1. -Luquiñas, Lucas,
    ¿por que non cucas?,
    ¿por que non levas
    as vacas xuntas?

    -¡Elelo, elelo..!;
    porque non quero.

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  2. Lucas por onde andas? Para me dar sonhos!

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  3. A man que lle daba de comer e sentido a unha vida ben difícil. Lucas o pulpeiro... de Louro, coñecedor dos hábitos secretos das fanecas e dos cefalópodos.

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