as tormentas de Luis (www.astormentas.com)

Poema ao acaso


Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que sãodocesPorque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamenteexausto.No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vidaE eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminadoQuero só que surjas em mim como a fé nos desesperadosPara que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoadaQue ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra faceTeus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugadaMas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grandeíntimo da noitePorque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosaPorque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaçoE eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciososMas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partirE todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelasSerão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.


viernes, 3 de septiembre de 2010

mas quem sente muito, cala













e


as fotos


falam por sí



Muito Obrigado Luis
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Fotos: janela 712 - http://1000-imagens.blogspot.com/

1 comentario:

  1. vim deixar isto no teu ombro

    http://o-maluco.blogspot.com/2010/09/o-maluco-anda-procura-de-uma-direccao.html

    mais que um abraço, companheiro
    Luis sem rumo

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